terça-feira, 7 de dezembro de 2010

GERAÇÃO LUNYK


Em tempos egoísticos, desumanos, revoltosos, cegos, nesceu um sentimento novo: O DESAMOR.
Tempos em que filhos eram gerados, beijos roubados e cerimônias realizadas sob o efeito lunatico, eram cada vez mais ficticios. Irreal.
Tempos em que relacionavam-se por email, msn, orkut, skype e punham como pano de fundo virtual um retrato lunatico. Era avassalador.
Tempos que pra se conhecer em banco de praça, comendo pastel ou até mesmo cantarolando à luz da lua. Era lenda contada por velhos cacarecos com um pé no hospicio.
Tempos de códigos e gírias... que FICAR significava beijar 25 numa balada. Balada só seria boa com vodka à luz estroboscópica.
Aqui jaz pedir mão em namoro na mesa de jantar, beijar à luz da lua cheia depois de 2 semanas de mãos dadas. Conversa olho no olho. Ih nem pensar.
Juntaram-se os “loucos”, estudaram a modernidade e o tempo avançado afim de afastar os prédios e abrir campo de visão da lua.... a lua estava cada vez mais sem os ver, como se uma catarata de tijolos e elevadores a cegasse gradativamente...
Então eles aprenderam a lingua dos jovens, lingua que se teclavam ao invés de solar palavras... linguas que viravam cada vez mais abreviaturas... xau davam com x, vc engoliam as vogais, e o tic tac do tempo que so se escrevia com TP só afastava mais a relação lunatica com a terraquia.
Depois de aprenderem a lingua e os costumes dos “modernos” foi que identificaram o mal que estava por ali: O DESAMOR.
Porque sem o amor não se fecunda, não se espalha, não se namora, não se expande, não se aproxima, não se vê... sem o amor só se morre, invisivel se torna.
Foi aí que perceberam que ninguem tava entendendo o que a natureza estava alertando. Em forma de vendavais, catastrofes, desastres, tissunames, terremotos... mas os meios de acesso virtual mostravam uma realidade também virtual. E as operadoras facilitavam em promoções e com isso, cada vez mais afastavam e desinformavam com outras informações. A lua só na tela “touch screen” ou em 3d ou HD.
E esses que aprenderam o novo, Inventaram uma estratégia de resgate salvatorio lunatico.
Onde massificaram os meios de comunicação virtual marcando data e hora para um encontro coletivo com o amor, com o maior numero de internautas possível no maior campo de futebol do mundo.... entraram em todos os emails possíveis como um vírus “perigoso” do bem.
Marcaram data e hora para o dia do abraço de amor. “vamos abraçar a lua!”
Uns toparam para relembrar os bons tempos, outros para ver se aquilo existia mesmo, outros por pura curiosidade e outros por dificuldade de demonstrar o amor.
Fizeram coisa semelhante em woodstok, mas esse seria mais abrangente.
Deram o nome desse projeto de LUNIK.
“LUNIK não é vírus, portanto aceite essa corrente...”
E esse dia ficou no calendario até hoje.
O dia LUNIK é o dia da LUA CHEIA...
de amor!

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